O Rio Grande do Norte terá bandeira vermelha nas contas de energia elétrica durante o mês de setembro. A decisão foi anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na sexta-feira (30) e vale para todo o Brasil.
Desde agosto de 2021, durante uma crise hídrica, o governo federal não havia acionado a bandeira tarifária vermelha. Com essa mudança, haverá uma cobrança adicional na conta de luz, o que resultará em um aumento no preço da energia elétrica para consumidores residenciais e empresas.
Em julho, após 26 meses com bandeira verde, o estado foi submetido à bandeira amarela, elevando o custo do quilowatt-hora nas contas de energia. No entanto, em agosto, a bandeira voltou a ser verde.
Agora, com o retorno da bandeira vermelha, a tarifa terá um acréscimo de R$ 7,88 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos, conforme informações da Aneel. Em média, uma residência urbana no Brasil consome entre 150 kWh e 200 kWh de energia por mês, sem considerar o uso de ar-condicionado.
O acionamento das bandeiras amarela ou vermelha nos patamares 1 e 2 pela Aneel indica um cenário de geração de energia com custos mais elevados. Atualmente, a seca na região Norte do país está afetando a produção de importantes usinas hidrelétricas, que estão gerando menos energia. Durante os horários de pico, principalmente no início da noite, quando a geração de energia renovável é baixa, é necessário acionar usinas termelétricas, que possuem custos mais altos.
A última vez que a bandeira vermelha foi acionada pelo governo foi em agosto de 2021, em meio à crise hídrica. Em setembro daquele ano, a Aneel introduziu a bandeira “escassez hídrica”, a mais onerosa de todas, para enfrentar a grave situação de seca que impactou a geração de energia hidrelétrica. Essa bandeira especial esteve em vigor até abril de 2022, quando a Aneel retornou à bandeira verde, sem cobranças adicionais nas contas de luz.